Psicóloga Clínica e Hospitalar
Elenir Salvador Santos Gama
CRP: 03/19811
Psicóloga Formada pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, Bacharela Interdisciplinar em Humanidades, com ênfase em Estudo da Subjetividade e do Comportamento Humano também pela UFBA, Especialista em Psicologia Hospitalar, Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Atenção Psicossocial. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo adolescentes, adultos e idosos, na modalidade online. É Psicóloga de referência em Psico Oncologia de uma unidade Hospitalar.
Auxilio às pessoas nas travessias das suas demandas psicológicas, considerando a subjetividade e as dimensões que atravessam o sujeito, como raça, gênero, condições socioeconômicas, entre outras.
Acredito numa saúde mental que possibilita cuidado e permite que as pessoas tornem- se sujeitos ativos no seu processo terapêutico. Aprendi o quão potente é, ofertar uma escuta atenta que acolhe fragilidades e potencialidades, dando voz àqueles, por vezes silenciados ao longo das suas vivências.
Atendimento psicológico condiz em acolher e compreender o sujeito em sua singularidade. Entender que várias dimensões, como a cultura, religião, gênero, raça, classe, entre outras, o constitui e atravessa a sua existência. É ofertar uma escuta pautada num cuidado ético e comprometido com a complexidade da vida humana. É auxiliar o sujeito no desenvolvimento de suas potencialidades e autonomia para que o mesmo torne se ativo no seu processo terapêutico.
COMO É??
Autocobrança...
Como é por aí?
Tem tido algum sentido?
Ou
chega em excesso,
desequilibrando o passo, dando nó.
Nó que aperta quando deixa de fazer algo por achar que nunca será bom o suficiente ou que precisa ser milimetricamente perfeito quando realizado. Nó que aperta ao realizar várias atividades e ainda assim sentir que não é o bastante.
Ou...
O nó que aperta diz respeito ao olhar do Outro, como o Outro te enxerga ou como você quer que ele te enxergue, e para corresponder a essa perspectiva você entra num círculo de autocobrança que gera sofrimento e limitação.
Como é por aí?
O quanto dói ir afrouxando o nó?
O processo não é mágico e nem existe receita pronta.
Afrouxar o nó requer conhecimento de si...
Talvez um processo psicoterapêutico.
É singular..
O Que havia antes do nó?
Era laço?
Quando virou nó?
📍ESCUTA
Escutar não é apenas ouvir.. É dar a possibilidade a quem fala de escutar a si mesmo enquanto narra suas dores, angústias, sofrimentos, SINTOMA.... Escuta se formas de subjetividade.. Não cabe rótulos, classificação, julgamentos. É escuta que abre espaço para a singularidade, que possibilita ao sujeito olhar as suas vivências, movimentos e escolhas. Escuta as dimensões constituintes de quem fala.. Não há possibilidade para recortes.. Recortar a escuta é fragmentar o sujeito e limitar o processo de cuidado..
Plantão 15:07:2023
O Psicólogo hospitalar está disponível para escutar, acolher e auxiliar o paciente a lidar com as emoções e dificuldades que surgem durante o período de internação. Nem sempre é fácil, mas cada dia que passo nesse espaço, percebo o quanto é potente o nosso trabalho, o quanto contribuímos para que o sujeito construa recursos funcionais para atravessar o adoecimento.
Plantão 15/07, foi um dos meus dias mais difíceis como psicóloga hospitalar. Cheguei em casa com várias reflexões acerca da complexidade que é cuidar do ser humano, mas também refletindo sobre a minha escolha diária: SER PSICÓLOGA. Essa profissão me move e me faz querer seguir aprendendo constantemente.
O Suicídio e Sua Complexidade
Setembro chega e com ele a campanha de prevenção ao suicídio. Muitas ações importantes são realizadas nesse período, no entanto, é importante pensarmos o cuidado para além da campanha. Suicídio acontece o ano todo! É preciso considerar a sua complexidade nas ações que pautam a prevenção. Não há como trabalhar as questões sobre o suicídio descolando as dos aspectos que geram sofrimento psíquico e que são frutos da nossa sociedade. O suicídio envolve muitos fatores. Pensar em prevenção requer a criação de políticas que ampare o sujeito, sustente e dê condições básicas para a sua sobrevivência, e isso inclui uma rede de atenção psicossocial cada vez mais efetiva, um SUS fortalecido, profissionais que exerçam o cuidado sem particularizar o fenômeno direcionando a uma causa individual. Isso exige escuta qualificada, conhecimento de dimensões históricas, sociais, de gênero, raça, entre outros aspectos constituintes do sujeito. É uma questão de saúde pública de ordem multifatorial.